Pretérito

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O espetáculo Cânticos de Antares relata a incessante luta de cidadãs e cidadãos marginalizados pela sociedade, em busca do pão sagrado de cada dia. Nele, prostitutas, loucos, bêbados, drogados e outros seres que rastejam no limo social, servem de inspiração para narrar a história do nascimento do salvador.
Em pelo século XXI é evidente que existe uma guerra no coração humano, onde o bem e o mal se fundem, assim como as pétalas das flores são íntimas com o estame. Onde permitimos - nos mostrar o que temos, porém, ao nosso redor as pessoas vêem apenas o que desejam ver. Assim cria-se o bem e o mau; o feio e o belo; o pobre e o rico. Criamos e destruímos deuses e demônios não em nós, mas, no próximo. Eis o motivo pelo qual queremos mudar o mundo e nada mudamos! Os verdadeiros valores do comportamento humano se invertem, e eis que diante de tanta falsidade, amargura e sofrimento, torna – se imprescindível extrair beleza e prazer da dor e do inferno em que vivemos, e é exatamente aí que se configura a maior das lições apresentadas, pois o salvador do mundo, assim como o conhecemos, nasceu entre os animais em um estábulo, e nem por isso deixou de cumprir sua missão ou tornou – se inferior diante do consumismo exacerbado que já se evidenciava há mais de dois mil anos.
Independente de ventre, local e ambiente em que esta, e outras crianças foram e são geradas, trazem em si a luz em seus corações e o potencial para transformar toda a dor e sofrimento em paz e felicidade.
Nossa proposta é possibilitar várias interpretações acerca do advento do salvador do mundo e de nossa condição cidadã. Não apontamos para nenhuma religião, pois acreditamos que todas nos levam para o mesmo caminho, o caminho da alienação, da segregação, da intolerância, enfim, ao invés de nos aproximar da força superior que rege céus e terras, nos afasta em virtude de nossas vaidades pessoais que estão acima do bem comum. Mais uma vez procuramos caminhar rumo á concepção de um espetáculo universal, onde independente de crença, o publico que nos assiste possa encontrar ganchos para reflexões aprofundadas sobres suas próprias atitudes com relação ao mundo em que vivemos.
Cânticos de Antares reforça o compromisso do grupo com a arte produzida no Extremo Norte do Brasil, ao presentear o publico amapaense com obras de dramaturgos nascidos ou residentes no Estado do Amapá. Na ocasião, já foram encenadas: Homem – Um Pecado de Deus de Joni Bigoo, Cânticos de Antares de Paulo Gil e A Ultima Noite do Coração. E do Dono! de Dinho Araújo que encontra – se em fase de pré – produção.

FICHA TÉCNICA
Elenco: Maurício Maciel/ Sabrina Zahara/ Geovanni Coelho/ Erick Boaventura/ Géssica Palmerim/ Héllen Rock/ Dan Alves, Neto Pereira, Núbia Worrel e Elder de Paula/ Dramaturgia: Paulo Gil/ Encenação: Claudio Silva/ Ambientação, Figurinos e Maquiagem: O Grupo/ Sonoplastia: Núbio Pinheiro/ Iluminação: Claudio Silva/ Programação Visual: Joni Bigoo/ Direção de Produção: Dan Alves/ Produção Executiva: Claudio Silva/ Direção Geral: Ói Nóiz Akí.


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Homem – Um Pecado de Deus, de autoria de Joni Bigoo com encenação de Cláudio Silva é um espetáculo escrito para ser encenado em virtude da semana santa, o espetáculo parte em busca da concepção de um trabalho universalista propondo reflexões acerca de velhos tabus que permeiam a cabeça de céticos e cristãos do mundo inteiro. Na peça, um padre; um evangélico; um ateu; um empresário judeu; um político macumbeiro; uma freira caridosa; um bruxo visionário e pasmem, Jesus reúnem – se às escondidas para discutir o comportamento humano, os problemas do mundo e o destino do planeta.
Cada qual com suas particularidades e peculiaridades, pregando e professando o que “acham” que acreditam, o conflito de opiniões é inevitável, eis que vem a tona os mais asquerosos sentimentos humanos, na medida em que estes, se escondem atrás da fé para justificar suas imperfeições, seus erros e mesquinharias.
Jesus, que durante todo o espetáculo ouvia tudo sem ser percebido, se apresenta diante das aberrações e atrocidades cometidas em seu nome no decorrer da trama. O espetáculo não faz apologia a nenhuma das religiões existentes, nem tampouco se propõem a criar uma nova, mas aponta para uma versão globalizada, onde possamos visualizar o ser superior, criador do céu e da terra em tudo e em todos (independente do nome a qual tenhamos mais afinidade). Assim como um dos preceitos de nossa nova pesquisa de linguagem, nosso texto (leia – se: espetáculo) é apenas um pretexto para uma reflexão mais ampliada da temática em questão.
Homem – Um Pecado de Deus, marca a entrada do Ói Nóiz Aqui Traveiz em uma nova pesquisa de linguagem, fundamentada no trabalho colaborativo, na descoberta e na experimentação em todos os estágios da produção. Neste processo, o ator ganha a conotação de ator – criador, fazendo criticas e apontando sugestões no decorrer do processo criativo. Desta forma, acreditamos estar caminhando rumo a uma nova forma de pensar, produzir e consumir teatro.

FICHA TÉCNICA
Atores – Criadores – Pesquisadores: Josias Monteiro, Sabrina Zahara, Elder de Paula, Etiene Mazze, Dan Alves, Erick Boaventura, Núbia Worrel e Geovanni Coelho/ Texto: Joni Bigoo/ Encenação: Claudio Silva/ Cenários: Agostinho Josaphat/ Figurinos: Criação Colaborativa/ Maquiagem: Criação Colaborativa/ Iluminação: Raimundo Parrudo/ Programação Visual: Joni Bigoo/ Produção Executiva: Claudio Silva/ Direção Geral: Ói Nóiz Akí.



























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